sexta-feira, 6 de junho de 2008

AO QUE VENCER (PANORAMA)



Livro do profeta Oséias


(Oséias sign. Ele salva ou Ele ajuda)

Profetizou uns vinte anos no tempo do reinado do rei Jeroboão II, entre 783 a 743 a.C

O livro começa com a dolorosa experiência de Oséias casando-se com Gomer, uma prostituta sagrada do templo de baal, o deus dos cananeus. Desse casamento nasceram dois filhos e uma filha que recebe o nome de Jezreel (1:4), “não-amada ou não-meu povo” (1:6) e (1:9). Gomer vai embora e volta a prostituição no templo de baal, mas em obediência a Deus Oséias vai atrás dela e faz com que volte a ser sua esposa. Com toda essa dolorosa experiência é quebrado o coração de Oséias e agora ele fica mais sensível para entender o quanto era triste e doloroso para Deus ver o que o povo de Israel havia confiado mais em outros povos como o Egito e Assíria do que nas promessas de Deus. Confiaram que adorando o deus desses povos (baal o deus da fertilidade) eles teriam boas colheitas.


“Um dos avisos mais repetidos no livro é meu povo não me conhece por isso perece”.


As profecias feitas por Oséias sempre mostrava os erros do presente, mas lembrava a aliança que Deus havia feito com os pais deles e revelava que mesmo com tudo o que havia acontecido se eles se arrependessem, Deus não os abandonaria e sempre estaria com eles onde fossem. Hoje Oséias é conhecido como o profeta do amor de Deus.

A mensagem mais importante desse livro é Deus ama o seu povo com um amor que não tem fim. Deus é como um marido dedicado que vai atrás de sua esposa infiel (2:14-23) é como um pai ou uma mãe não abandona seu filho não importando o quanto esse filho por mais rebelde que ele seja. Mas Deus respeita a liberdade dos seres humanos e não os obriga a aceitarem esse amor. As últimas palavras de Oséias foram “Povo de Israel, volte para o Senhor, seu Deus! Você caiu porque pecou. Volte para Deus.” (14:1-2).

A chamada maior deste livro é “mudem seus caminhos e me escutem”.

Israel estava dando o credito de suas vinhas e colheitas bem sucedidas a baal (deus da fertilidade) se esquecia que a terra onde estava era promessa de Deus para seus pais, a terra era fértil porque Deus assim o quis. O povo vivia momento de grande riqueza vestiam-se bem, comida, bebida não era problema, mas davam graças aos baalins e não a Deus, faziam festas profanas e pior deixavam que construíssem templos de adoração aos baalins com suas sacerdotisas prostitutas e que era daí que gomer vinha, desses templos de prostituição.

Oséias então profetiza que Deus vai estreitar os caminhos de Israel, as plantações, o poder aquisitivo, a liberdade e a paz são tirados para que o povo volte a buscar o Senhor (2:10-13). O Senhor promete voltar atrás se o povo ou sua amada (a nação de Israel) se arrepender de tudo que estava fazendo. O Senhor Deus diz: “amarei aquela que se chama de não-amada e chamarei de meu povo aquele que se chama de não-meu-povo” (esses nomes têm a tradução em Hebraico; não-amada= Lo-ruamá e Lo-ami, não-meu-povo).

O livro se resume logo nos capítulos 1& 2, Oséias profetiza o que irá acontecer se não mudarem os maus caminhos e o que Deus vai fazer se mudarem.

O povo estava longe do caminho que Deus havia traçado para caminharem, cada um fazia o que lhe era bom aos olhos, queimaram incenso a outros deuses para que a terra fosse fértil. A conseqüência desta traição veio sobre a terra, toda a fertilidade nas plantações, animais para caça, peixes e tudo quanto tinha de alimento (4:1-3). Deus faz também uma advertência aos sacerdotes que viviam a custa dos pecados do povo. Faziam trocas, cobravam por oferendas de arrependimento no templo, faziam vista “grossa” das atitudes promiscuas do povo. Deus faz uma promessa contra eles, eles “comeram dos sacrifícios que o povo me oferece, mas não ficarão satisfeito; adorarão os deuses da fertilidade, mas não terão filhos”. Significa que usufruirão do que o povo lhes paga para fazer o que é seu dever, mas vocês nunca preencherão esse vazio que há em seus corações, porque esse vazio é falta de Deus. Tudo que fizerem ou desejarem será posto num saco furado. Esse é o castigo que os sacerdotes pagariam por tudo que fizeram contra o Deus vivo (4:4-10).



Ainda as acusações são ditas para que vejam que não é um simples erro, mas uma apostasia pois o povo só fazia o que a lei mandava mas não se arrependia dos seus erros e nem tinham mais misericórdia uns pelos outros, nem ao menos sabiam por que estavam fazendo. Eles haviam se envolvido tanto em cultos pagãos que não conseguiam mais voltar a adorar a Deus, seus corações tinham sido corrompidos pelo engano. O orgulho era um dos motivos que os impediam de confessar seus erros diante do Senhor. (5:1-7).


“_ Como a traça destruirei Israel e como o câncer acabarei com Judá” v.12


Depois de muito sofrer, talvez alguém representante do diz: para todos voltarem a Deus, que em dois ou três dias no máximo o Senhor iria curá-los, Então Deus fala com toda compreensão de um pai amoroso... “O que vou fazer com vcs Israel e Judá?”. Ele completa com a frase que trás o significado do que realmente Deus quer de nós... “Seu amor é passageiro como a cerração ao nascer do sol; é como orvalho que seca logo pela manhã... O que eu quero de vocês é claro como a luz do sol. Eu quero que vocês me amem e não que me façam sacrifícios; em vez de me trazer ofertas queimadas, eu quero que meu povo me obedeça” (6:1-6).

Israel estava completamente sem autoridade, não respeitavam mais seus governadores e pior zombavam deles nas festas onde se embebedavam de vinho e faziam muitas coisas tolas. “... Fazem acordos com outros povos e agora perece um pão mal assado” (7:1-8) o pão mal assado era considerado sem utilidade, não servia pra mais nada a não ser, para ser jogado fora. Esses acordos estavam deixando a nação cada vez mais fraca, eles casavam e se davam em casamento com povos pagãos. O Senhor os chama de “fracos como um velho de cabelos brancos; o orgulho do povo é testemunha contra si mesmo; parece uma pombinha tola”. Essas são as comparações feitas para Israel.

- Pelo que o texto conta, dá-se a impressão que Israel blasfemava contra o Senhor, contavam mentiras sobre Deus, faziam cultos e sacrifícios iguais aos pagãos com as mesmas atitudes de se cortarem e se esquartejarem se jogando no chão como os pagãos faziam (7:8-16).


“Como uma flecha atirada por um arco defeituoso não atinge o alvo, assim também o meu povo se desviou de mim e começou a adorar ídolos...”.


Dos capítulos 8 a 13, Oséias traz várias acusações contra Israel, dentre elas a maior foi a de trocar o Senhor por baal (o nome baal tem dois sign= “marido ou senhor”).

“Cuidei de vocês quando estavam no deserto, naquelas terras sem água. Mas, quando entraram na boa terra, tiveram comida de sobra e vocês ficaram satisfeitos; então os corações de vocês se encheram de orgulho, e vocês esqueceram de mim.”

Enfim Oséias fala de modo definitivo, “povo de Israel voltem para o Senhor, seu Deus! Você caiu porque pecou.” Deus mostra seu amor neste livro porque Ele promete que irá destruir, mas, faz completamente o contrario, dá muitas chances para Israel, Oséias ensina uma oração de arrependimento para eles, mas pelo que vemos em outros livros dos profetas e crônicas Israel não voltou atrás dos maus caminhos.

“Mas Deus nos prova seu amor em ter dado seu único filho para morrer por todos nós parar que todo aquele que nele crer não pereça, mas que tenha a vida eterna.”

(Jo. 3:16)

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